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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Esteja SEGURO!
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
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sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Adapte-se
sábado, 19 de setembro de 2009
Bloqueio Mental?
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Sobre o desenvolvimendo do movimento particular
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Sobre a Suficiência
Essa questão surge aos montes camuflada de diferentes formas. Para que se possa entender o termo, é necessário uma busca interna e perspicaz com relação aos nossos excessos. "O que consideramos excessivo?" devemos perguntar a nós mesmos, antes de mais nada. Contudo, mesmo antes de observarmos o excesso, devemos atentar para o dualismo expresso, seja nas coisas tangíveis ou intangíveis, seja no tempo ou no espaço, pois é esta atuante que determina o que é e o que não é suficiente.
A Dualidade:
A dualidade presente no universo tem sido observada através da reflexão por apenas alguns poucos milhares de anos. Não dissecarei teses, mas sim a ideia que algumas delas transmitem e o que minha própria experiência saboreou.
A cada momento de nossa vida, a cada gesto, um simples piscar dos olhos ou no bater do coração, a dualidade se encontra presente. De forma sintética, a dualidade são opostos de uma mesma coisa, tal qual os pólos de um imã. Mas peço que essa não seja tida apenas como a única maneira de observa-la (através de objetos materiais). A dualidade também está presente nos sentimentos (amor e ódio) e até mesmo no tempo (passado e futuro). A dualidade é algo que, apesar de não ser exatamente alguma coisa, é de abrangência universal.
Existe uma parábola, a qual tenho grande apreço, que procura transmitir a essência e o início da dualidade e do universo o qual conhecemos (pouco) hoje. Procurarei resumi-lo através de um breve conto alegórico.
"Houve um tempo onde uma grande rocha, a qual continha tudo o que se pode conter, e até mesmo aquilo que não se pode, resumia em sí os antagonismos do universo, apaziguando-os em uma única morada. Era a materialização do pleno e casa da irrefutável verdade. Contudo, por algum motivo, a rocha se partiu, fragmentando-se propiciando o afastando cada vez mais ténue de seus inversos. Desde então, a rocha, apesar de despedaçada em inúmeras partes, ainda anseia em ser majestosa como anteriormente, apesar de não possuir mais a consciência única. Nesse momento, a unidade tornou-se múltipla e sua multiplicidade, em sua essência, é uma só. O afastamento faz com que os antagonismos perpetuem uma guerra entre si objetivando essa prevalência. Quando estamos aqui, não estamos alí; o claro afasta o escuro; o que aconteceu, não acontecerá; a vida repudia a morte e a morte rejeita a vida, mas ambos os opostos fazem parte de um mesmo caminho."
Aos que, assim como a onda que foge do mar e em outro momento retoma a unidade, se dispuserem a reunir a consciência do uno através da multiplicidade em tudo e no nada, serão capazes de alcançar a liberdade e a paz.
O Excesso:
O excesso pode ser entendido como a falta de exercício de uma virtude chamada temperança, ou moderação. "Mas moderação de que?" há de se perguntar. É possível fazermos um paralelo excesso-dualismo, tendo como base o que foi abordado anteriormente. Até onde pudemos observar, o dualismo se manifesta através de extremos/radicais o qual chamaremos aqui de excessos. Excessos tanto na falta quanto na abundância. Vejamos um bom exemplo:
Quando se propõe a andar de bicicleta, tem-se duas opções para continuar no curso: ou pendemos para o lado direito, ou pendemos para o lado esquerdo. Mas nenhuma das duas opções são viáveis enquanto quisermos continuar pedalando em cima do veículo, pois o excesso de uma ou de outra ocasiona um acidente, um erro, interrompendo e pondo um fim em nossa jornada.
Não esqueçamos que o excesso é a expressão da dualidade, a qual não podemos nos desvencilhar a não ser por meio da consciência. Contudo, apesar de ambas estarem presentes no contexto universal, onde uma é subordinada a outra, apenas o excesso pode ser domado pela ponderação, afim de que a verdade nos mostre sua face a tanto obscurecida pelos antagonismos.
A Suficiência:
"O suficiente é suficiente por si só."
A suficiência nada mais é que equilíbrio entre os extremos, é o desprendimento dos opostos, é a imparcialidade entre os excessos, é a não-falta somada à não-abundância. É o ritmo natural de cada indivíduo.
A suficiência é como a quantidade "X" de um líquido, despejado em um copo com um pequeno furo no fundo. Esse copo possui um ritmo de esvaziamento que deve ser respeitado, e no intuito de mantê-lo, na maioria das vezes, cheio, sem desperdiçar em um possível excesso pela abundância ou pela falta, despeja-se o líquido com paciência e cautela até seja percebido a velocidade que o copo se esvazia.
O encontrar do esvaziamento do copo com o preenchimento, exercido por quem procura a harmonia, chama-se suficiência.
O que era dual, agora é trino, e a moeda deixa de ter apenas dois lados.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Síntese sobre a Inércia do Movimento Universal
Bem, primeiramente, como podemos entender o movimento?
O movimento se subdivide em ação e reações, as quais podemos compreender como formas. De formas, podemos entender tudo aquilo que é expresso de maneira com que os sentidos e a razão possam captar, seja através do auxilio de ferramentas ou não. Tendo descoberto isso, podemos começar.
É possível observar, estudar e falar sobre o mundo em que vivemos atualmente, contudo, o que observamos hoje em dia (ciência, arte, escrita, armas de fogo, o tempo, o espaço, etc), não surgiu da noite para o dia, tão apouco sem motivo. Não aconteceu simplesmente por um acaso ou por uma mera aparição bondosa da sorte em um dado momento da história. A questão é: Qual o princípio originário de tudo o que se conhece? ...ou seja, por que?
É de se pensar que não existe impedimento em dizer que essa simples pergunta deu origem a tudo o que conhecemos, já produzido pelo homem. A busca pela resposta, através de inúmeras tentativas no início crítico da história da humanidade, foi capaz de, com o passar do tempo, se transformar em Filosofia e em seguida Ciência, fragmentando-se em outras tantas vertentes metodológicas de estudo, as quais foram, de certa forma, incubidas de colaborar com a compreensão mais apurada do universo em que vivemos e como vivemos. Mas ainda assim, a resposta não foi encontrada.
Desde a Antiguidade, onde a pergunta foi suscitada pelos primeiros críticos (ou pensadores Filosóficos, como queiram chamar), a humanidade passou por alguns outros períodos marcantes na história, onde a indagação permanecia sem resposta, contudo, a busca ainda era presente. Nos dias de hoje não é diferente, porém os benefícios que a Ciência trouxe à humanidade são inúmeros.
Voltemos a observação do movimento no universo e tudo o que nele consta. É possível perceber hoje, com uma maior facilidade fornecida a nós pela Ciência, que essa simples pergunta nem sempre foi tão simples assim. Todavia, para que entendamos com maior clarividência é preciso nos questionar o motivo do que acontece agora, nesse momento.
Se nos dispusermos a escavar a razão que nos leva a fazer as coisas no dia-a-dia, encontraremos outras razões mais profundas para tais atividades, as quais nos levam a outras mais profundas ainda, perpassando o início da humanidade, do mundo e do universo. Sim, é possível que a razão para que exerçamos qualquer atividade nos dias atuais esteja intimamente ligado com o princípio do universo, e é nesse ponto que anseio chegar.
Imaginamos com frequência que o motivo que nos leva a abrir uma geladeira em busca de um copo com água é a nossa sede. Não seria um tanto egoista e prepotende da nossa parte pensar que a razão para que desenvolvamos as atividades no nosso dia-a-dia seja fruto exclusivamente de nossa vontade e que com ela fazemos o que bem intendemos e quando queremos ao nosso bel-prazer?
Estamos em meio a um efeito-dominó, onde por vezes pensamos que o "cair de uma peça" é exclusivamente de vontade particular, sem pararmos para pensar que tudo o que acontece não acontece pela ação do acaso ou pela sorte, mas com uma razão, um motivo. Esses acontecimentos nada mais são que reações de uma ação inicial, que desencadeou o efeito, e a isso chamaremos de Inércia do Movimento Universal.
Remetendo-nos a um lugar onde ainda não é lugar, onde o tempo ainda não teve tempo de começar a existir, antes da fase densa e quente que o universo passou, denominada "Big Bang", o que temos? O que fica entre tudo o que existe e a falta disso? Tendo como pressuposto que a própria inexistência só se dá na ausência da existência, o que, de certa forma, faz com que ambas estejam em lados opostos de "uma mesma moeda". Não vou me deter a essa questão e sim no que se dá posteriormente.
Se para cada ação existe uma reação, que ação provocou a reação primeira a qual desencadeou as demais reações das reações? Que dedo empurrou a primeira peça do dominó?
Adiantando-nos um pouco mais a frente no tempo, chegando nos dias atuais, indaguemos o por quê de continuarmos reagindo. Por quê dar o próximo passo? Por que continuar no movimento? Qual o motivo último de todas as reações? Bem, há de se pensar que o motivo para a vida é a morte, assim como do ascender é o apagar, etc. O paradoxo evidencia uma verdade de razão última para todas as coisas. Ele nos mostra o repouso sobre a imparcialidade existente entre a guerra da prevalência entre os opostos, o qual podemos identificar como o motivo ou razão para os fenômenos da existência e inexistência. Dessa maneira, podemos concluir então que, talvez, o motivo inicial e último para tudo o que existe e inexiste é o retorno ao pleno, no qual não há tentativa de prevalência entre as coisas, umas sobre as outras. Um apaziguar entre as formas de expressão, seja no tempo ou no espaço; seja com emoção ou razão; consciência ou inconsciência.
Contudo, o retorno ao pleno não é possível ser feito através do consciente, ou mesmo através do inconsciente, pelo motivo de ele não comungar exclusivamente de um ou de outro, mas de ambos. É a reunião através do "retorno à mãe" de tudo, ou seja, ao que precede o motivo inicial e último da criação (do parto) de todas as coisas.