Campo de pesquisa

segunda-feira, 14 de junho de 2010

It`s not a way of fighting, it`s a way of thought.

Tenho ciência de que o motivo de cada um, em quaisquer que seja sua atividade, por quaisquer que seja(am) seu(s) objeivo(s), é unicamente relacionado a tal indivíduo, ou seja, é essencialmente particular, e por isso não me aprofundarei no que diz respeito a isso. Mas venho, através desse registro, deixar claro para mim que, independente do que façamos, ou porquê façamos, individual ou coletivamente, tal adividade é relacionada ao que chamamos de Movimento, e esse é previamente relacionado, de maneira íntima, a um motivo. Mas vamos nos desfazer temporariamente desse esteriótipo (a respeito do movimento) e observa-lo através de uma perspectiva mais subjetiva.

Subdividi o Movimento em algumas esferas, das quais utilizei duas para exemplificar em um diagrama, o movimento Mecânico e o movimento Ideológico. Para que fique mais claro, acredito que o "movimento" é tudo. Tudo aquilo que muda, se transforma e harmoniza-se em si mesmo. Ousado da minha parte chegar a um ponto tão sensível quanto esse, mas de fato, é o que acredito. Um pouco difícil de explicar também, mas vou tentar.

Pense em uma pessoa ou simplesmente olhe alguém na rua. Imaginemos que esse indivíduo é um desconhecido e não sabemos a origem dele. O que faz essa pessoa ser uma pessoa? O fato de ele/ela ter vida e caminhar? O que você diria se fosse apenas um órgão interno diante de você? Diria que é uma pessoa? Invertamos então. O que diria se fosse apenas olhos, pelos e pele, vestidos com uma roupa da moda, sem absolutamente nada por dentro? Diria que é alguém? Pois bem, não é assim que observo as pessoas, não é assim que observo o movimento.

O movimento é concebido por mim como um invólucro, o qual comporta todas suas diversas formas de se expressar, assim como um cirurgião observa os diversos órgãos internos de uma pessoa considerando-a apenas UMA pessoa, um paciente. Observar o movimento, e suas diversas formas, através dessa unidade, não é tarefa fácil. Ao menos não foi/é para mim.

É incrível como podemos aprender sobre ritmo e fluidez em uma música e simplesmente ver o movimento acontecer. Confesso que após essa percepção sobre ritmo e fluidez, pude por em prática, em movimentos mecânicos, o que antes não conseguia, e vice-versa. Uma música que considero incrivelmente fluente, é do barroco antigo, chamada "Le Quattro Stagioni" (As Quatro Estações) do músico e compositor Italiano, Antônio L. Vivaldi (1678 - 1741).

Podemos ver tal fluência e clareza também em textos/escrituras, conversas ou mesmo em um chefe de cozinha em uma nova construção da gastronomia (quando o mesmo domina suas ferramentas e ingredientes), em monumentos, na elaboração de uma boa ideia ou em um esgueirar de um felino. Independente da natureza do que observemos, seja sonora, motora, ideológica, verbal ou não, há de existir uma maneira de trabalhar tal habilidade.

Como no esquema, considero toda a forma de expressar o movimento passiva de treino, e partindo do pré-suposto de que quando nascemos nossas únicas funções são (de forma geral) adaptar, somar e desenvolver, tudo é treinável/praticável.

Diluir as formas de expressão do movimento e entende-lo como ele mesmo em sua unidade, levantou mais questões que conclusões, mas ao mesmo tempo em que tudo se funde e se confunde dentro de uma única ideia, tudo fica mais claro, e assim me permite observar melhor tais mudanças. Mudanças físicas, comportamentais, culturais, sem conceitos pré-estabelecidos, sem delimitações, definições. Sem muros.

E sabe de uma coisa? Talvez, treinar transposições seja apenas uma desculpa para dizer que tudo não passa de uma coisa só, e que o movimento está em todo o lugar.


Everything is trainable therefore everything is move. It`s up to you find your true motivation to not stop moving.

Thiago Lima